Desde o primeiro contato com a Ordem sabemos que havia segredos originais que foram perdidos por circunstâncias dramáticas envolvendo a morte de um homem lendário – Hiram Abiff, construtor do Templo de Salomão – segredos que foram substituídos ou recriados em época bem remota. Os Autores, com a discrição necessária a uma Obra destinada ao grande público, apontam na direção certa a pesquisarmos.
Viajando a 3 continentes (Europa, África e Ásia) os Autores investigam antigas construções, idiomas locais, bibliotecas e reminiscências em histórias populares encontrando explicações fascinantes a praticamente todas as expressões que usamos em Loja – e quem de nós não sentiu o desejo sincero de conhecer profundamente as origens do que dizemos nos Rituais, frequentemente recebendo a admoestação de que “compreenderíamos mais tarde”, o “mais tarde” vai chegando e os mistérios aumentam sem que expliquem os primeiros, etc? Pois os IIr.’. Knight e Lomas sentem esta pulsão e contam com a possibilidade de pesquisar in loco, trazendo-nos informações precisas e preenchendo esta lacuna.
Detalhes da vida de Sequenenre Tao, rei egípcio do Alto Nilo em período tenso, quando o Baixo Nilo estava sob o controle dos hicsos, apontam na direção da origem exata do mito de Hiram Abiff, ficando como hipótese de trabalho altamente convincente a especulação se o patriarca Abraão seria também um nobre hicso.
Muito do que se vê no interior da Loja Maçônica vem convincentemente explicado em A Chave de Hiram que, cautelosamente, apresenta fatos e dados históricos claramente delimitados das especulações dos Autores – abundam no livro expressões como “talvez”, “provavelmente”, “quase com toda a certeza”, etc. quando se envereda pelo caminho especulativo, mas estas especulações são robustecidas por documentos antigos, fotos e transliterações idiomáticas que realmente nos persuadem. Melhor que a leitura da Obra só mesmo uma visita aos sítios arqueológicos mencionados, de Ur, na Mesopotâmia (atualmente Iraque...) passando pelos monumentos e bibliotecas egípcias, Jerusalém e o Vaticano, chegando à Capela Rosslyn, na Escócia.